Arranjos e disposição de materiais, ideias, coisas, imagens, escritas, sons e pensamentos. Artefatos e formas resultantes da combinação e inscrição de múltiplas e distintas grafias. Conjuntos compostos como resultado da formação, do processo e operação de uma montagem, na qual elementos diversos são ordenados/desordenados e inter-relacionados por justaposição ou por aglutinação. Uma ligação de dessemelhantes para ver o que não está dado a ver: buscar o sentido obtuso, subterrâneo, o mistério íntimo entre as coisas. Fazer relações inusitadas entre ordens distintas de realidade, como contraponto bom pra pensar. Justapor, sobrepor, colar, montar. Dar importância aos detalhes e intervalos. Abrir brechas, embaralhar cartas numa mesa, dispor figuras num quadro. Movimentar para fazer ver. Composições que convocam o fazer, a não representação e a experimentação. Composições como fazer experimental, heurístico e epistêmico. Exercício para conhecer algo por meio de um conjunto de elementos que operam por relações, associações, exclusões e lacunas entre dois ou mais materiais constituintes no trabalho antropológico, literário, artístico. Composições de álbuns, diários, atlas, biografias, fotobiografias, etnografias. Composições gráficas de e com palavras, desenhos, fotografias, filmes, vídeos, hipertextos, hipermídia, sons, que desafiam o fazer antropológico.