Ruídos
Seja fruto do acaso ou de manifesto programado, ruído é a expressão do acontecimento por vir. O atrito que desperta, mancha, abre fendas, torce as percepções. É o fazer falar das coisas através de frequências que escapam e propagam rapidamente intensidades sonoras, imagéticas, sensoriais, performáticas, materiais… Percorrendo caminhos distintos ao aspecto indesejável e improdutivo que usualmente lhe é empregado, podemos encontrar uma natureza propositiva, criativa. Aqui, enquanto vetor possível de registro, convida a pensar e a experimentar com grafias que recorrem a sons, silêncios, imagens, cores, palavras, tempos, fragmentos, diálogos e histórias. Nessas ruído-grafias, o ser e o aparecer coincidem, dando a ver novas composições capazes de provocar a escuta com todos os sentidos.